sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Crônica da Semana - "Cortesia e Boa Memória"

Por Leandro Bazeth Levone

Você já parou para pensar em como há pessoas com memória fraca? Pessoas que não lembram de seu passado quando eram simples, muitas vezes pobres? Pessoas que não se lembram das pessoas que as ajudaram a chegar onde estão? Pessoas que fazem questão de esquecer como agiam e hoje se tornaram críticas de coisas que faziam no passado? 


Será que essas pessoas têm memória fraca ou realmente não querem se lembrar de seu passado? Conheço pessoas arrogantes, soberbas, cheias de si; que humilham outras pessoas, principalmente as mais simples, exatamente porque se esqueceram ou não querem se lembrar de seu próprio passado. 


Quando perdemos a consciência de nosso passado nos tornamos desumanos, ou seja, não humanos: nos tornamos máquinas impessoais, sem alma. E essa desumanização traz às pessoas e às empresas um enorme prejuízo. Sem memória perdemos a noção do ridículo. Perdemos a humildade, isto é, deixamos de estar com os pés na terra (no húmus). 


Perdemos a consciência de nossa dependência das outras pessoas para vencer. Sem memória, muitos começam a se achar o centro do mundo, a medida das coisas, exigindo indevido respeito, exageradas reverências. Enfim, sem memória nos tornamos bobos, tolos, sem referência e objeto de desprezo. 


Devemos ter civilidade, amabilidade, educação no trato com outrem (seja quem for) e polidez com as pessoas. A cortesia é para a engrenagem social o que o lubrificante é para uma máquina.


Todos nós deveríamos colocar em prática o provérbio que diz: “Como o amor, a cortesia não tem fronteira. Não conhece barreiras de raça, cor ou posição social. É simplesmente uma manifestação espontânea de um caráter habituado a tratar a todos com distinção e honra.”


Não podemos e não devemos ter vergonha de nosso passado e muito menos esquecê-lo. Pessoas de sucesso, líderes de sucesso sempre se lembraram (e lembram) muito bem de seu passado, de suas dificuldades, de suas vitórias e principalmente daqueles que os ajudaram a vencer.


Mediante nossas relações interpessoais, as palavras de cortesia representam uma necessidade com a qual compartilhamos cotidianamente: sermos bem tratados onde quer que estejamos. Tal fato representa para nós um direito. Em contrapartida, devemos considerá-lo como um dever?  


Certamente que sim, haja vista que esse relacionamento deve ser demarcado por uma relação de reciprocidade. Assim, um “muito obrigado”, “com licença”, “por favor”, “desculpe-me”, “volte sempre” faz toda a diferença, não é verdade? O uso das palavras de cortesia, além de revelar atitudes gentis por parte de quem as profere, ainda abre “portas” com mais facilidade, se precisarmos pedir um favor a alguém, por exemplo.


Pessoas de sucesso são agradecidas pelos dons que receberam e pelas oportunidades que tiveram e sempre se acharam abençoadas e pouco merecedoras de tudo o que conquistaram. E é justamente essa humildade dada pela memória e respeito ao passado que as fazem vencedoras. 


E você? Como está a sua memória? E a sua cortesia no trato com as pessoas?


Vamos pensar com muito carinho nisso!

Leandro B. Levone (*)

Professor, Administrador, CEO do Centro de Ensino Vértice Sudeste, da Conexão Consultoria, Auditoria e Treinamentos e da Academiada Gestão Pública, Diretor de Polos da Universidade Estácio, Diretor do Damásio Educacional unidade Itaperuna, Coach de Carreiras, Membro da Sociedade Brasileira de Coaching com Especialização Certificada pela Universidade de Harvard nos EUA, Membro da ABMEN - Associação Brasileira dos Mentores de Negócios, Coordenador de de MBA em Gestão Pública, Palestrante, Consultor de Negócios e Consultor Governamental, com Mestrado em Economia Empresarial pela UCAM, e Mestrado em Gestão Regional e Planejamento de Cidades pela UCAM, Mestrando em Negócios Internacionais pela Universidade do Estado da Flórida, sendo aprovado em primeiro lugar em todo o Brasil para cursar este programa de Mestrado, Pós-graduado em Gestão e Desenvolvimento Empresarial pela UFRJ, especialista – pós-graduado em Direito Público pelo IDP – Instituto Brasiliense de Direito Público, pós-graduado - MBA Executivo Internacional em Gestão de Projetos na Fundação Getúlio Vargas e pós-graduado em Teologia Internacional.

Foi Secretário Municipal de Administração do Município de Natividade de dezembro de 2005 a julho de 2010, ano em que se tornou Secretário Municipal de Administração, Fazenda e Planejamento em Natividade onde permaneceu até maio de 2015, com ampla experiência no desenvolvimento de projetos e soluções públicas e privadas, com caráter visionário relacionado ao uso e importância da inovação disruptiva, e é Professor convidado nos cursos de Pós-graduação Lato Sensu – MBA da FACC-UFRJ (Faculdade de Administração e Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio de Janeiro), desde 2009.

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