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Cada vez que o céu escurece e nuvens carregadas aparecem, o sossego da população desaparece. A cada evento natural de eventuais chuvas já não é mais eventual, mas de certeza, que prejuízos vão acontecer.
Já cantava o Rei Roberto Carlos; "Eu não sou contra o progresso, mas apelo pro bom senso...", e será mesmo possível conciliar crescimento urbano com bom senso?
A ocupação urbana é inevitável, e com ela o desaparecimento de espaços naturais que corroboram com o bom andamento do ciclo d'água. A água que cai do céu, precisa ser absorvida, para depois evaporar e cair novamente, entretanto quando esta engrenagem é alterada a conta pode vir com preços altos.
As edificações de casas, estabelecimentos comerciais e outros, ocasionam a concretagem e petrificação de áreas onde antes havia terra. O mesmo ocorre com as vias públicas, que das antigas estradas de chão surgem as pistas de rolagem automotivas. A pavimentação asfáltica é maravilhosa, e quem tem carro sabe muito bem disso, mas esta melhoria cria a impermeabilização do solo, que não absorve águas e propicia os indesejáveis alagamentos.
Na noite desta terça-feira, 08/02, um novo evento climático culminou com novas e repetidas cenas de desconforto. Chuvas fortes ocorreram em toda a região, e novamente muitas cidades, que enfrentam os mesmos problemas acima descritos, estão contabilizando prejuízos e sob efeito "replay" mobilizando a máquina pública para restabelecer a ordem.
Ruas, avenidas, praças, residências e estabelecimentos comerciais alagados, bem como deslizamentos de terra, quedas de árvores e com uma expectativa nada otimista: A meteorologia diz que haverá chuvas a nível regional pelos próximos dias.
Quem precisa se deslocar de um lado para o outro, procure se informar. Quem vive à beira de rios e outros cursos d'água, previna-se não esperando que o pior aconteça ou contando com a sorte.
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