sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Por que o Norte-Noroeste Fluminense insiste em mutilar árvores enquanto Europa e Sul do Brasil as preservam?

Árvores e cidades: por que o Norte-Noroeste Fluminense mutila o verde que a Europa preserva?

Nas ruas de Lisboa, Paris ou Berlim, o que chama a atenção não são apenas monumentos históricos, mas também a imponência das árvores que integram a paisagem urbana. Copas largas, sombras refrescantes e harmonia visual fazem parte do cotidiano europeu. Ali, as árvores são tratadas como patrimônio ambiental e cultural, protegidas por leis que proíbem mutilações e asseguram um manejo sustentável.

Assista o vídeo:

No Brasil, há regiões que já compreenderam essa lógica. No Sul do país, por exemplo, cidades seguem padrões muito semelhantes aos europeus, preservando copas frondosas e planejando a arborização de forma integrada ao urbanismo. O problema, contudo, é visível em boa parte do Sudeste, especialmente no Noroeste Fluminense: municípios como Itaperuna, Natividade, Varre-Sai, Porciúncula, São Francisco de Itabapoana, Cardoso Moreira, Italva, Bom Jesus do Itabapoana e adjacências ainda convivem com o costume da poda agressiva e mutilante.


Europa e Sul do Brasil: preservação e planejamento


Na Europa e em cidades do Sul do país, a arborização urbana é pensada de forma estratégica. O espaço da copa e das raízes é respeitado, as podas só ocorrem em casos excepcionais, risco de queda ou obstrução grave. Técnicos acompanham cada intervenção, garantindo a saúde da árvore e a sombra para a população.

Norte-Noroeste Fluminense: a cultura da poda drástica


Por aqui, a cena é recorrente: árvores reduzidas a troncos, galhos cortados sem critério, copas eliminadas em nome da fiação elétrica ou da visibilidade de fachadas.

Essa prática resulta em:


árvores enfraquecidas, mais suscetíveis a quedas;


perda de sombra em cidades de calor intenso;


aumento da temperatura urbana;


prejuízo estético e ambiental.

Enquanto outras regiões já colhem os benefícios da arborização inteligente, nossas cidades seguem desperdiçando uma das maiores riquezas naturais do espaço urbano: a sombra e o frescor das árvores.


Não se trata de copiar modelos distantes, mas de entender que é possível e urgente, aplicar aqui o que já dá certo em outros lugares.

Se Natividade, Itaperuna, Varre-Sai, Porciúncula, São Francisco de Itabapoana, Cardoso Moreira, Italva e Bom Jesus do Itabapoana e outros municípios quiserem avançar, precisam abandonar a cultura da mutilação e adotar o respeito ao verde como política pública.


Em tempos de crise climática, a escolha é simples: ou continuamos cortando árvores sem critério, ou aprendemos com quem já entendeu que elas são aliadas indispensáveis da vida urbana.





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