Preso há cinco anos por “crime de opinião”, ex-deputado agoniza sem tratamento digno, enquanto parlamentares fluminenses seguem em silêncio, e no poder.
Cinco anos se passaram desde que o ex-deputado federal Daniel Silveira foi preso por expressar opiniões que desagradaram a elite do Judiciário brasileiro. Um episódio sombrio da nossa história recente, que inaugurou, na prática, o precedente do “crime de opinião”, figura inexistente na Constituição de 1988.
Hoje, Daniel Silveira está internado em estado crítico, privado de atendimento médico adequado, como confirmam denúncias recentes. Seu corpo definha enquanto o Estado brasileiro o asfixia lenta e simbolicamente, transformando-o num mártir da liberdade de expressão.
Mas este cenário trágico tem nomes e sobrenomes. Do total de 364 deputados que votaram a favor da manutenção da prisão em 2021, 28 são do Estado do Rio de Janeiro, sendo que 13 foram reeleitos e atuam no Congresso Nacional.
A seguir, os deputados mandatários fluminenses que contribuíram ativamente para esta cadeia de horrores ao votar SIM pela prisão de Daniel Silveira:
Altineu Côrtes (PL)
Áureo Ribeiro (Solidariedade)
Benedita da Silva (PT)
Chico Alencar (PSOL)
Glauber Braga (PSOL)
Gutemberg Reis (MDB)
Jandira Feghali (PCdoB)
Juninho do Pneu (União Brasil)
Talíria Petrone (PSOL)
Soraya Santos (PL)
Jorge Braz (Republicanos)
Marcos Soares (União)
Daniela do Waguinho (União)
Gravem bem estes nomes. Em 2026 teremos novas eleições.
Estes parlamentares, ao dizerem “sim” à prisão de um deputado por suas palavras, compactuaram com a ruptura do Estado Democrático de Direito. E agora, quando a integridade física de Silveira se esvai num hospital-prisão, nenhum deles se levanta em protesto.
A população fluminense precisa saber quem são os agentes do silêncio, os rostos que, com seus votos, legitimaram uma cadeia política que se arrasta por meia década. Em tempos de democracia enfraquecida, não há neutralidade: há quem cala, e há quem consente.
Se algum dos deputados considerar que há alguma defesa a ser feita, ou alguma justificativa aceitável, este veículo de comunicação dá o direito de resposta atribuído.
O link abaixo traz a lista completa, incluindo deputados que não foram reeleitos:
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