Por Nino Bellieny
Na noite calada a informação explode na tela do celular. Não é a novidade, mas a confirmação. Não generalizada, mas localizada, não surpreendente, mas repetida em um universo em que só os traídos são encontrados de surpresa. Os traíras não são de veneta, nem de vendeta, são articulados, embora se vendam e nem sempre por um alto preço, costumam fazer promoção. Está no sangue sem rumo de cada um desses peixes que, acabam em um dia qualquer fritos pelo óleo das próprias almas sebosas. Eles não são muitos, mas são deletérios e por causa, corre a falsa ideia de todos serem assim, rodeados de assessores semelhantes, preocupados em perderem lugares testiculares. Nem todos são perdidos, há gente firme na Política, não são bobos, mas são corretos. Pagam por serem confundidos, porém resistem. Mantém palavra, cumprem acordos, pensam também no povo e não só no poder. Desnecessária e deselegante uma lista dos que mais traem aos partidários, o eleitor, e a si mesmos, ela está na cabeça do cidadão, ressabiado, cansado que, tenta justificar quando trái, por serem os políticos os que mais desatam o nó do compromisso, explica, mas não convence. A mudança ainda é lenta, as decepções são fartas, mas o sol é insistente. A noite pode ser longa, os sorrisos ilusórios, e as promessas calorosas cheias de esperança para quem as ouve, todavia o sol não desiste, e quando vem, vem para revelar quem é, e quem não é permanente.
• Nino Bellieny é jornalista por ofício e poeta por nascimento.
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