A disputa política em Varre-Sai, município do interior fluminense, ganha novos contornos com a recente Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) movida contra o atual prefeito, Lauro Fabri. Os autores da ação são seus adversários na eleição de 2024, Everardo Ferreira e Rafael da Saúde, que alegam irregularidades no pleito e pedem a cassação do mandato do chefe do Executivo municipal.
Assista o vídeo:
A peça jurídica, protocolada sob o número 0600644-82.2024.6.19.0043, tem como base um vídeo amplamente compartilhado nas redes sociais, onde a vereadora Paulinha Fabri, irmã do prefeito, aparece supostamente oferecendo R$ 100 a um eleitor. A denúncia sustenta que a prática caracteriza compra de votos, o que, se comprovado, pode resultar na perda do mandato e na inelegibilidade dos envolvidos.
Um Caso Explosivo com Potenciais Repercussões
A ação jurídica contra Lauro Fabri escancara um cenário de instabilidade política e polarização eleitoral na cidade. A oposição, liderada por Ferreira e Rafael, aposta no argumento de que o vídeo compromete a legitimidade do processo eleitoral, alegando que o chefe do Executivo teria se beneficiado diretamente da suposta conduta ilícita.
Nos bastidores, aliados do prefeito minimizam o episódio e sustentam que se trata de uma tentativa de judicialização do resultado eleitoral, estratégia recorrente em disputas municipais acirradas. Setores governistas argumentam que não há provas concretas de que Fabri tenha ordenado ou se beneficiado do ato atribuído à sua irmã, e que a ação não passa de um movimento político para desestabilizar sua gestão.
A Fragilidade do Mandato e os Próximos Passos
Caso a Justiça Eleitoral acate a denúncia e reconheça a prática de abuso de poder econômico ou captação ilícita de sufrágio, Lauro Fabri poderá enfrentar consequências severas, incluindo a cassação do mandato e a convocação de novas eleições no município. A depender do desenrolar do processo, ele também pode ficar inelegível por até oito anos, conforme previsto na legislação eleitoral.
A decisão agora está nas mãos do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), que avaliará os indícios apresentados na ação. A defesa do prefeito deverá apresentar suas contrarrazões nas próximas semanas, argumentando a fragilidade da prova e a ausência de vínculo direto entre Fabri e o episódio denunciado.
Enquanto isso, a população de Varre-Sai acompanha o caso com apreensão, ciente de que o desfecho pode redefinir os rumos políticos da cidade nos próximos anos. A temperatura política segue elevada, e o cenário ainda é incerto.
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