Por Lael Santos
Seria politicamente correto afirmar que o Poder se consolida pela isonomia?
Talvez sim, talvez não. Tudo parte da premissa de que interesses permeiam a prática do domínio. Se para o bem de todos, logo a igualdade é dogmática e dela não se esquiva por nada. Se para benefício de alguns, a estética de perfeição se perde automaticamente e o que fica em evidência são divergências de discursos e práticas não ortodoxas.
No decorrer da história das civilizações, o Poder sempre foi o estopim de todas as guerras, e a mais forte prova de todas as deturpações de valores sociais.
Viver em sociedade incorre na constituição do Poder, sem o qual não se consegue equalizar condutas que promovam a mecânica favorável da engrenagem administrativa. É impensável o meio social sem lideranças constituídas, bem como é inexorável uma sociedade onde valores de crescimento se estabeleçam não considerando a imposição natural de uma voz de comando.
O Poder é inquestionavelmente necessário. A sua isonomia, entretanto, é o Tendão de Aquiles, que em todo o tempo se potencializa pela vaidade e pela falsa interpretativa de que este é eterno.
O Poder é temporário, tão intenso ou tão extenuante; tão perspicaz ou tão parvo; tão consistente ou tão inconsequente.
A isonomia é um quesito que o torna ímpar, e justo.
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