quarta-feira, 13 de maio de 2020

Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) anuncia demissões em massa


CSN começa a abafar AF-2 e prepara pacote de demissões na Usina.

Previsão é que entre mil a dois mil trabalhadores possam ser demitidos; paralisação do alto-forno nº 2 será por tempo indeterminado.

A Companhia Siderúrgica Nacional começou a fazer os procedimentos de abafamento e parada do alto-forno nº 2 da Usina Presidente Vargas. A notícia foi confirmada pelo DIÁRIO DO VALE junto a engenheiros do setor de produção da usina. Até então a CSN era a única grande siderúrgica do país que ainda vinha mantendo todos os seus alto-fornos ativos, após as medidas de lockdown tomadas por vários governadores em virtude da Covid-19, que atingiram a economia e fecharam fábricas que são clientes da CSN.
Uma lista de demissões também deverá ser anunciada nos próximos dias. Não se sabe o número – mas poderá passar de mil e até se aproximar de 2 mil, como chegou a ser previsto pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Sílvio Campos.
As medidas serão detalhadas na prestação de contas trimestral aos acionistas, que a CSN fará na sexta-feira.
A empresa ainda vinha mantendo o alto-forno nº 2 em funcionamento e estocando o material produzido, já que sua clientela foi drasticamente reduzida, inclusive com a quase paralisação da indústria automobilística, que teve uma redução de 90% das suas atividades.
A conclusão da empresa é que não haveria como continuar comprando matéria-prima apenas para fazer estoque – sem a contrapartida de entrada de recursos da venda de produtos.
O alto-forno nº 2 é responsável por 30% da produção da CSN – os outros 70% vêm do alto-forno nº 3, que continuará em funcionamento, pelo menos por enquanto, já que inexiste previsão de sua paralisação.
Já o alto-forno nº 2 provavelmente pararia para reforma no ano que vem ou em 2022 – o que não geraria demissões e na verdade poderia gerar mais mão-de-obra para efetuar a referida reforma.
Mas a paralisação atual não inclui a reforma imediata do equipamento: será mesmo sua paralisação por tempo indeterminado.
Ou seja, não gerará empregos, mas demissões.

diariodovale.com.br

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