quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

A guerra já começou: Irã ataca duas bases dos EUA no Iraque


O Irã lançou um ataque com mísseis contra duas bases no Iraque onde estão militares dos Estados Unidos, "em nome de Soleimani".

Vários mísseis foram lançados do Irão em direção ao Iraque, esta quarta-feira de madrugada, tendo como alvo bases com militares norte-americanos. O Pentágono confirmou, em comunicado citado pela agência France-Presse, que "mais de uma dúzia de mísseis" atingiram duas bases iraquianas utilizadas pelo exército dos Estados Unidos e o Departamento de Defesa anunciou que está a fazer uma "avaliação preliminar dos danos" e a planear "a resposta".
A base aérea de Al-Assad, na província de Anbar, onde estão destacados militares norte-americanos e da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, foi alvo de um ataque com vários mísseis.

"Esta manhã [de quarta-feira no Irã, terça-feira à noite em Portugal continental] combatentes corajosos da Força Aérea do Irão lançaram com sucesso uma operação denominada 'Operação Mártir Soleimani' (...) disparando dezenas de mísseis terra-terra para a base das forças terroristas e invasoras dos Estados Unidos de Al-Assad", noticiou a agência de notícias internacional iraniana ISNA.

Outro alvo do ataque foi a base militar em Erbil, no norte do Iraque, indicou um militar norte-americano à ABC News.
A Casa Branca informou que o presidente norte-americano "foi informado e está a acompanhar de perto a situação". Depois, Donald Trump reuniu-se com os secretários de Estado, Mike Pompeo, e da Defesa, Mark Esper. Ao contrário do que foi equacionado, Trump não fez um depoimento público durante a noite.
Ainda não há informação sobre a existência de vítimas.

O Departamento de Estado dos EUA sublinhou, em comunicado que, na sequência das ameaças recentes do Irã "foram tomadas medidas apropriadas para salvaguardar o nosso pessoal e parceiros".

"Estas bases estavam em alerta máximo na sequência de indicações de que o regime iraniano planeava atacar as nossas forças e interesses na região", indicou o porta-voz Jonathan Hoffman. "Enquanto avaliamos a situação e a nossa resposta, vamos tomar as medidas necessárias para proteger e defender o pessoal dos EUA, parceiros e aliados na região", acrescentou.
Na sequência do ataque, os Guardas da Revolução iraniana avisaram os Estados Unidos e os aliados regionais contra qualquer retaliação, através de uma declaração divulgada pela agência oficial iraniana IRNA. "Advertimos todos os aliados dos americanos, que disponibilizaram as suas bases a este exército terrorista, que será atacado qualquer território que constitua um ponto de partida de atos agressivos contra o Irão", garantem os Guardas da Revolução, incluindo Israel nas ameaças.

O general Qassem Soleimani, comandante da força de elite iraniana Al-Quds, morreu na sexta-feira num ataque aéreo contra o carro em que seguia, junto ao aeroporto internacional de Bagdade, capital do Iraque, ordenado pelo presidente dos EUA, Donald Trump.

jn.pt

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