MPRJ estuda possibilidade de o deputado federal eleito Murillo Gouvêa ter sido ajudado pelo pai, que usou da máquina pública.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) investiga Alfredo Paulo Marques Rodrigues, o prefeito da cidade de Itaperuna, no noroeste fluminense, por supostamente ter realizado contratação em massa de funcionários para desviar valores e, com parte do montante, favorecer a campanha do filho, o deputado federal eleito Murillo Gouvêa (União Brasil). A apuração do MPRJ, tornada pública nesta quarta-feira, 14, aponta que a admissão de funcionários se deu por recibo de pagamento autônomo, o que facilitou desvios de 122 milhões de reais finanças da prefeitura desde 2019. O valor total corrompido corresponde a 30% do orçamento da cidade para este ano de 2022.
A VEJA, o Ministério Público esclareceu que o juízo da 2ª Vara de Itaperuna autorizou o compartilhamento dos elementos de informação dos Inquéritos Civis com o Ministério Público Federal no exercício da função Eleitoral. Na prática, essa medida deve levar a uma investigação sobre a legitimidade do mandato de Murillo Gouvêa, que teve contas aprovadas pela Justiça Eleitoral, nas quais declarou 3 milhões de reais gastos na campanha ao parlamento neste ano.
As cópias já foram encaminhadas à Procuradoria Regional Eleitoral.
Também são alvos da operação a Secretaria Municipal de Saúde e o gabinete da secretária da área, bem como o setor de pagamentos, contratos e recursos humanos da prefeitura de Itaperuna. Além disso, são realizadas buscas nas agências do Banco Bradesco em Itaperuna para obter cópias dos extratos bancários das contas do Município de Itaperuna e do Fundo Municipal de Saúde, utilizados para pagamento das pessoas contratadas entre os anos de 2020 e 2022.
A Prefeitura de Itaperuna informa que recebeu o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro na última quarta-feira, dia 14 de dezembro, e forneceu tudo que foi solicitado pelo órgão, colaborando com o trabalho da equipe.
Fonte: VEJA
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