terça-feira, 20 de outubro de 2020

Utilização da Prefeitura para promoção pessoal - Justiça bloqueia bens de João Doria por ação de improbidade administrativa

João Doria (PSDB) é acusado por propagandas feitas quando ele era prefeito.

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo bloqueou os bens do governador do estado, João Doria (PSDB), por causa de uma ação civil que aponta improbidade administrativa. O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) alega que, quando Doria era prefeito da cidade de São Paulo, usou R$ 29 milhões de forma inadequada. A decisão de bloquear os bens é liminar, ou seja, provisória.

Esse valor era destinado para Doria fazer propaganda do programa "Asfalto Novo". Mas na época, segundo o MP, o tucano utilizou a verba para fazer propaganda de si mesmo. Pouco depois, ele saiu do cargo de prefeito e virou candidato a governador.

"O demandado João Doria utilizou de programas de governo, especificamente o 'Asfalto Novo', para a sua promoção pessoal. Enquanto exercia o cargo de prefeito utilizou o demandado de verbas públicas para realização de publicidade de caráter pessoal, sem qualquer propósito institucional ou de cunho educativo", sustentou o promotor de Justiça Nélson Luís Sampaio de Andrade no pedido do MP.

Na conclusão do Tribunal de Justiça, divulgada hoje, não houve punição para a agência que fez as propagandas, Lua Propaganda. A decisão bloqueou apenas os bens de João Doria.

"Expeça-se ofício à Central de Indisponibilidade de Bens para a indisponibilidade de imóveis em nome do réu Senhor João Dória. Proceda-se ao bloqueio de veículos em nome do réu pelo sistema RENAJUD. Proceda-se ao bloqueio, via sistema BACENJUD, de valores disponíveis em nome do réu em instituições financeiras. Cite-se o réu com as cautelas de praxe", determinou o Tribunal.


UOL

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