domingo, 6 de setembro de 2020

Médico desabafa: "Pessoas morreram implorando pela HIDROXICLOROQUINA"



Somente sons de sinos …

Nessa fase final da pandemia, todos os dias tenho escutado relatos duros, no meu consultório por parentes e pacientes doentes que perderam alguém para a COVID.


São de arrebentar qualquer coração, por mais empedernido que seja, histórias duras de pessoas que vivenciaram o pior dessa doença.


Hoje, uma jovem senhora, que apavorada tomou a hidroxicloroquina por conta própria e com o filho pequeno, choroso, ao colo, que em meio a consulta disse: ” meu papai foi para o céu.”


A viúva contou da saga de quase dez dias buscando auxilio médico para o marido e recebendo em troca receitas de antitérmicos e “fique em casa”. Tinha 44 anos.


Sabem quantas histórias parecidas vivenciei? Dezenas.


“Meu pai morreu implorando pelo remédio.”


“Minha mãe não tomou o remédio por mais que pedíssemos.”


“O médico receitou dipirona e mandou para casa.”


São seres humanos perdidos.


Lembro de John Donne:


“A morte de qualquer homem me diminui, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti”.


Todos os dias, histórias de recusa de tratamento, de deboche, insultos e as vezes em meio à noite, ainda acordo sobressaltado, como se uma risada satânica me despertasse. Risada orgulhosa, feliz frente ao apodrecimento de muitas almas.


Não, não é pieguice! É a dor de quem enxerga no próximo a si mesmo, e na criação humana – Deus!


“Procuramos o remédio em tudo que é lugar, ninguém queria nos dar, levamos para o hospital e ele foi direto para UTI e entubado – morreu dois dias depois.”


E os médicos que adoeceram e antes negavam receitar a hidroxicloroquina? Que eu tenha observado TODOS tomaram.


“Fique em casa em isolamento e só procure auxilio médico se tiver falta de ar.”


Por Deus, misericordioso! Poucas vezes uma sentença de morte foi dada com tamanho desamor ao homem e a Verdade.


Ao doente internado era negado a hidroxicloroquina, mas era dado muitos outros antibióticos e medicações sem nenhuma base cientifica.


Anticoagulante?


De mais de mil pacientes eu observei DOIS casos de embolia pulmonar!


Cadê o poha da evidência disso?


Davam Ceftriaxone, Amoxicilina-Clavulanato, Levofloxacina, Meropenem e mais e mais antibióticos…


Cadê a maldita evidência para usar essas medicações?


QUAL O MOTIVO?


QUAL A EVIDÊNCIA DESTES?


E morreram muitos.


Pais, mães, avós. Para vocês, apenas números, estatísticas, pacientes sem nomes e compaixão.


Alimentos para aquelas valas nos cemitérios que alguns políticos abriram, semelhantes a uma imensa boca desdentada e ávidas por carne inocente.


Um genocídio.


Voegelin, filósofo gigante, afirmou que não existiam erros coletivos, que a cada um caberia a culpa pelo erro, e que somente uma sociedade expurgaria do seu meio essa mácula, se a cada homem fosse dada a reflexão necessária da parcela da sua culpa.


Não adianta virar a cara do lado – você tem culpa.


Santo Agostinho bem disse que todos os homens pagam pelos pecados dos homens que são escolhidos para representá-los.


Eu, junto a muitos amigos e colegas, ao menos lutei ao lado dos justos.


Nunca amei e odiei tanto a medicina quanto hoje em dia!


diariodobrasil.org

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