O município de Natividade vive um dos episódios mais delicados da sua história recente na área da saúde. Após a conclusão do Processo Administrativo nº 4145/2025, que identificou graves irregularidades administrativas, financeiras e operacionais no Hospital Natividade, o prefeito Taninho Toledo decretou, nesta quinta-feira (27), intervenção direta na unidade por seis meses, numa medida emergencial para evitar o colapso dos serviços essenciais.
Segundo o decreto nº 225/2025, a decisão foi motivada por uma combinação de fatores críticos:
• Instabilidade institucional: a presidência do hospital mudou de mãos duas vezes em curto intervalo, culminando em renúncia;
• Atrasos no pagamento a prestadores de serviços, mesmo com repasses municipais em dia;
• Risco real de descontinuidade no atendimento à população, sobretudo no pronto-socorro.
A partir de agora, a gestão do hospital passa a ser comandada pelo interventor Marcelo Valladas, nomeado pelo Executivo com a missão de reorganizar fluxos, restabelecer contratos, garantir insumos, normalizar escalas e assegurar que nenhum serviço seja interrompido. O interventor terá acesso integral aos documentos e à estrutura administrativa da unidade.
Embora a intervenção seja uma ferramenta excepcional, prevista em lei, o contexto que levou à sua adoção revela a profunda crise de governança que o hospital vinha enfrentando. A alternância repentina entre as gestoras Ivete Kabouk e Márcio Assis Ribeiro, seguida de renúncia, já indicava perda de direção e falhas graves de administração, cenário confirmado pela auditoria interna.
Para o Governo Municipal, a ação era inevitável para proteger a população. “Não podemos permitir que um hospital que é referência para nossos munícipes caminhe para a paralisação”, teria afirmado o prefeito em nota.
Com a intervenção, abre-se uma nova etapa: maior controle, reorganização administrativa e expectativa de retorno imediato da estabilidade. A população agora espera transparência total, execução rigorosa das medidas corretivas e relatório periódico do interventor sobre o andamento da reestruturação.
Está em jogo não apenas a administração do hospital, mas a segurança e a continuidade do atendimento de saúde de toda os natividadenses.



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