Por Lael Santos
Não é de ontem, e talvez de sempre que se observa comportamentos pra lá de suspeitos no meio político. A probidade e a responsabilidade com aquilo que diz respeito aos interesses da população deveriam ser a regra número 1 nas atitudes de quem escolhe trilhar os caminhos da vida pública.
Qual é o propósito de quem cerca um governante às vésperas de um mandato?
O que pretende um figurão que se julga ser o "tal" ou o "bam bam bam" da situação?
Pactos, acordos, troca de favores, pagamentos de dívidas, favorecimentos, interesses pessoais e etc, permeiam o bojo de todo contexto governamental. A máquina pública, se não houver um controle rígido, se torna uma máquina a serviço de um grupo e jamais da comunidade.
Quem elege um governante ou um legislador espera, não o mínimo, mas o máximo de transparência e lisura.
Não se troca seis por meia dúzia. A população espera sempre que a coisa melhore, mas sabe-se das dificuldades enfrentadas diante do tamanho assédio que ocorre, particularmente no momento de escolher o secretariado e distribuir cargos de responsabilidade.
Quando se fala de oportunismo, aborda-se a melindrosidade de quem chega nos 45 do segundo tempo se achando a última bolacha do pacote.
Governos sólidos não se estruturam em nomeações e atribuições galgadas em meros interesses pessoais. A prefeitura não é a casa da mãe joana, tampouco tem a obrigação de empregar meio mundo por conta das negociatas que antecederam o pleito. Quem acreditou no governo eleito é conhecido de todos, mas quem esteve em cima do muro, que seja tratado como tal.
É escancaradanente intragável alguém que ficou só observando o fim da votação ter vez numa administração que vinha lutando pela vitória lá de trás.
Em 1811, disse Joseph de Maistre: "Cada povo tem o governo que merece".
Esta verdade sempre soou muito forte nos nossos ouvidos, e ninguém merece a petulância do oportunismo prevalecer bem debaixo do nariz dos eleitores.
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