À medida que a pavimentação cede ao abandono e o lamaçal encobre a dignidade de quem vive fora do centro urbano, uma verdade irrefutável se impõe: o governo do prefeito Nel e de seu vice, Neto, falhou em seu compromisso com os cidadãos da zona rural. A denúncia feita pelo vereador Jeffinho de Boa Ventura sobre as condições degradantes da estrada do carvão, em Águas Claras, não é apenas mais uma crítica política é um retrato do desastre administrativo de um município que virou as costas para seu próprio povo. Moradores estão fazendo no braço o que o poder público negligenciou.
Assista o vídeo:
Enquanto os gestores se deixavam fotografar em eventos de lazer, como uma cavalgada festiva, moradores enfrentavam lama, isolamento e insegurança. A estrada, via essencial para o escoamento agrícola, transporte escolar e acesso a serviços básicos, tornou-se intransitável. Isso não é um apenas um contratempo: é omissão e falta de responsabilidade. É uma administração que escolhe onde pisa e opta por ignorar onde o povo caminha.
A gestão pública, em sua essência, existe para garantir infraestrutura mínima, mobilidade, dignidade e acesso equitativo aos direitos básicos. O que se vê em Itaperuna, no governo Nel, é justamente o oposto: uma administração que debocha da população com suas atitudes melancólicas, que se isola em aparições cerimoniais enquanto comunidades inteiras são tragadas pelo esquecimento.
A estrada do carvão é apenas o exemplo mais gritante de uma cadeia de falências administrativas. As vias rurais, ignoradas sistematicamente, são vítimas de um modelo de governo que privilegia a autopromoção em detrimento da manutenção de políticas públicas básicas. Não há plano de contingência, cronograma de manutenção preventiva ou sequer comunicação institucional transparente. Há, apenas, o silêncio conivente de quem governa por inércia.
Já se transformou numa "palhaçada": enquanto a população atolava no barro, o alto escalão do Executivo cavalgava sob aplausos. Uma cena patética e trágica. A festa em meio ao abandono revela um modelo de poder fora da realidade, onde a lisura do cargo é substituída por preocupações absurdas de ficar bem na foto e nos videos de humor, como se o município fosse palco para exibições sem a menor graça.
Um governo que não governa. Itaperuna precisa mais do que festas e fotos precisa de liderança, competência técnica e vontade política. Se o prefeito Nel e seu vice seguem alheios, cabe à população e aos órgãos de controle apertarem o cerco. Porque onde a política falha, a população precisa reagir.